quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Os Vários Agrestes

Como prometido(No portal Agreste PE), mesmo com atraso, o assunto de nossa coluna essa semana é a respeito dos vários agrestes de Pernambuco.
Isso mesmo, sobre a diversidade econômica dessa região que se estende por uma aréa de aproximadamente 24.400 km², inserida entre a Zona da Mata e o Sertão, representando assim 24,7% do território pernambucano e com 1.800.000 habitantes (25% da população do Estado).
A economista pernambucana Tânia Bacelar de Araújo, em seu trabalho NORDESTE, NORDESTES: QUE NORDESTE?, relata as diferenciações entre as diversas regiões do Nordeste Brasileiro, o papel da Federação Brasileira e as políticas de incentivo ao desenvolvimento adotadas no Nordeste, e seus respectivos resultados.
O Agreste pernambucano possui também diferentes atividades econômicas. É subdividido em três Regiões de Desenvolvimento - RD’s (nomenclatura da Agência Condepe/FIDEM): Agreste Central, Agreste Meridional e Agreste Setentrional.
O AGRESTE CENTRAL, por motivos desde geográficos e históricos, tem seu papel comercial e agloremera importantes centros urbanos com vocações industriais de produção de bens de comsumo, além do seu forte potencial turístico.
Conforme a Ad Diper (Agência de desenvolvimento do Estado), as principais cadeias produtivas da RD são: têxtil e confecção (parte do Pólo de Confecções); logística; indústria extrativista; avicultura e floricultura.
De antemão, já observamos a “miscigenação” de cadeias produtivas do Agreste Central, onde temos cidades como:
Gravatá, que tem como destaques o setor de turismo, floricultura e de móveis; em Belo Jardim, observamos a presença de indústrias de alimentos e de baterias automotivas; em Pesqueira, a usina de Biodiesel. Destacamos também Caruaru como eixo dinâmico desta RD e do interior do estado, com grande diversidade em sua cadeia produtiva, com o setor de serviços e o pólo de confecções - que tem Caruaru como uma das cidades destaque, pólo este que detém 73% da produção de confecções do Estado.
É esperado um maior crescimento do desenvolvimento, após a conclusão da duplicação da BR 104, do Sistema Adutor do Agreste e da Ferrovia Transnordestina.
O AGRESTE SETENTRIONAL, com 6,8% de Participação do PIB de Pernambuco, tem em sua cadeia produtiva, assim como a agreste central, bastante diversificação devido ao desempenho cidades como Santa Cruz do Capibaribe que, com sua indústria de vestuário e serviços, consolidou-se como uma das principais cidades do pólo de confecções do agreste, que também é composto por cidades como Toritama e Caruaru.
A cidade de Limoeiro, com o seu forte comércio, especialmente no setor atacadista de bebidas e alimentos, e sua proximidade com a Região Metropolitana do Recife, consolida-se tão grande importância para esta RD.
Surubim, conhecida por suas vaquejadas, conta com o fortalecimento do setor de serviços e o surgimento de pequenas indústrias de confecções.
Vale destaque para o turismo a cidade de Taquaritinga do Norte que possui diversos atrativos naturais e históricos.
Além das cidades-pólo, produtoras de artesanato: Orobó, Passira, e João Alfredo.
Com 4,1 % do PIB Pernambucano, o AGRESTE MERIDIONAL é evidenciado por suas cadeias produtivas da bovinocultura leiteira e de corte, movelaria, turismo, informática e artesanato.
A pecuária leiteira está arranjada em duas áreas: a não-industrial (criação de animais) e a industrial (fabricação de leite e seus derivados).
A Região contribui com 25% da produção de bovinos, 43% da produção de leite e 57% da produção de feijão, Conforme (Agência Ad Diper).
A cidade de Garanhuns, com o setor de serviços, indústria de alimentos e turismo, é um dos estandartes da RD. Observa-se que, assim como Caruaru está para o Agreste Central, Garanhuns está para o Agreste Meridional.
Em Bom Conselho, cidade integrante do Pólo Leiteiro, a consolidação da indústria do leite é fato consumado na região.
Em linhas gerais, podemos ver como é grande a diversidade econômica do Agreste
Pernambucano, mas toda essa diversidade se dá pelo fortalecimento dos arranjos produtivos locais de cada RD e, principalmente, pela luta de um povo empreendedor e que sonha.

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