terça-feira, 31 de julho de 2007

Problemas e Projetos na Floresta Tropical Amazônica

Como sabemos a Amazônia é definida pela bacia do rio Amazonas e coberta em grande parte por floresta tropical (ou Floresta Equatorial da Amazônia). A bacia hidrográfica da Amazônia tem muitos afluentes importantes tais como o rio Negro, Tapajós e Madeira, sendo que o rio principal é o Amazonas, percorrendo outros países antes de adentrar em terras brasileiras. O rio Amazonas nasce na cordilheiras dos Andes e estende-se por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador,Guiana,Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. É considerado o rio mais volumoso do mundo. No Brasil, para efeitos de governo e economia, a Amazônia é delimitada por uma área chamada "Amazônia Legal" definida a partir da criação da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), em 1966. É chamado também de Amazônia o bioma que, no Brasil, ocupa 49,29% do território, sendo (ainda) o maior bioma terrestre do país, onde é constituída pelos ecossistemas:

Floresta ombrófila densa (a chamada Floresta Amazônica) ,floresta ombrófila aberta, floresta estacional decidual e semidecidual, campinarana, formações pioneiras, refúgios montanos, savanas amazônicas, matas de terra firme, matas de várzea e matas de igapós Estes ecossistemas estão distribuídos em 23 eco-regiões, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte do Maranhão, Tocantins, e Mato Grosso. Inclui também zonas de transição com os biomas vizinhos, cerrado, caatinga e pantanal.

Como não é novidade todo esse patrimônio esta sumindo, a ganância de poucos estão devastando a maior floresta do mundo. Todos nós assistimos desde o nosso nascimento essa devastação, porém hoje toda essa destruição acontece de forma muito maior e mais ousada que podemos imaginar. Está surgindo “As Parcerias de Destruição”, verdadeiras organizações criminosas compostas por “empresários” dos setores de extração de madeira e agropecuário. Essa atividade de devastação em parceria começa com os madeireiros que devastam determinada área da floresta, e depois vende a área (terra que não é dele), aos produtores de soja e os criadores de gado. Essa jogada tem acontecido constantemente e não é combatida principalmente devido ao apadrinhamento político desse “nobres empresários”, e pelas más condições dos órgãos fiscalizadores como o IBAMA que além de sofrer com falta de pessoal e de recursos financeiros, é desacreditado devido as inúmeros escândalos envolvendo fraudes e corrupção dentro da instituição que deveria ser a organização mais transparente e equipada do nosso país, devido ao nosso patrimônio natural. Enquanto no Brasil os governos e a sociedade civil fecham os olhos para os problemas da Amazônia, outros países estão inovando como é o caso do Peru que desafiando as crenças convencionais, criou um mega projeto de extração de gás natural ajudando a proteger 1,5 milhão de hectares de floresta tropical na Amazônia Peruana sem impactos diretos ao meio ambiente e capturando recursos para a proteção de toda a área protegida. No Brasil o governo pensa em um mega projeto energético para a Amazônia também, que é a construção de uma grande hidrelétrica no rio madeira que provocará grandes impactos ambientas, em sedimentações, na deriva de ovos, larvas, e mitigação de mercúrio, além de outras de mitigações sócio-ambiental como o desaparecimento de peixes, que poderá gerar impactos devastadores principalmente para a vida dos povos indígenas e ribeirinhos.

O Brasil já sofreu com uma crise energética em 2001 e necessitamos sim de investimentos em energia, entretanto poderíamos realizar investimentos como o que se realiza no Peru, sem muitos impactos aos ecossistemas, e que financiariam a proteção da floresta, mas o Brasil continua na idéia de andar por caminhos ultrapassados e mais caros ambientalmente e economicamente falando.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Qual o caminho para conter a valorização cambial?

Nossa econômia tem crescido de forma firme e sustentável. Entre 2003 e 2006, a taxa anual media de juros Selic recuou 8 pontos percentuais – de 23,4% para 15,13% ao ano, e atualmente é de 12,5% ao ano, segundo o BACEN. O valor da divida externa líquida brasileira não ultrapassa 50% do valor anual das exportações. O risco-país (EMBI = da J.P. Morgan) não chegou a 130 pontos em maio de 2007. A expectativa para o saldo da balança comercial (exportações menos importações de mercadorias), para 2007 é de superávit em mais de US$ 40 Bilhões. Todo esse superávit comercial deve-se a um cenário internacional extremamente favorável para as exportações brasileiras de produtos como: minério de ferro, metalúrgicos, derivados do petróleo, além de produtos agrícolas como açúcar e café. Como podemos observar a economia brasileira esta seguindo um bom caminho, mas na verdade o volume de moeda estrangeira que tem entrado em nosso país, diariamente através do ótimo desempenho das exportações brasileiras beneficiada pela constante demanda externa por produtos de nossa pauta de exportações, e também pela entrada de capital estrangeiro atraído pela nossa hiper taxa de juros, bem mais alta que a de outros países (comparado a nossa situação econômica). Esses dois vetores tem provocado, uma grande valorização cambial, desde maio (desse ano) o Dólar passou a ser comercializado a menos de R$ 2. O BANCEN tem usado da compra de dólares um instrumento para conter essa valorização da nossa moeda, e assim reduzir a volatilidade da taxa de cambio, aumentando assim as reservas (entre janeiro e abril já acumulamos cerca de US$ 36 bilhões), mas essa atitude que o BANCEN vem tomando não é uma das melhores ou mais baratas, na verdade é uma despesa cara para o Brasil, devido as elevadas taxa de juros. Quando o BANCEN compra dólares, coloca mais real em circulação e para conter esse excesso de moeda, vende títulos atrelados à taxa Selic. Toda essa problemática tanto para o Banco Central quanto para os exportadores (que viram seus produtos aumentarem o preço em cerca de 70% nos últimos 3 anos), poderia ser amenizada. Como analisado anteriormente o problema da valorização cambial é ocasionado por dois vetores, um que é o aumento significativo das exportações e o outro é a nossa taxa de juros que tem atraído capital estrangeiro. Como sempre ouvimos falar que pra tratar de algum problema temos que saber o que ocasionou o mesmo, então para amenizar o problema da valorização cambial, teríamos que ou diminuir as exportações (fator totalmente inviável) ou intensificar de forma mais coesa a queda na taxa de juros (Selic), essa é a alternativa para mais viável para conter a valorização do real, e há condições adequadas para que essa queda aconteça, devido ao ótimo cenário econômico que o país vive. Conseguintemente reduziria o custo do BANCEN e contribuiria para a expansão da economia, com força significativa sobre as importações, e em médio prazo, sobre o próprio superávit comercial.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Novo caminho, nova bússola.

Geograficamente e economicamente o Brasil é um gigante comparado aos demais países latinos. Nossa nação possui “ainda” um dos maiores parques industriais e tecnológico em relação aos nossos vizinhos da América do Sul. Porém a cada ano o Brasil vem perdendo espaço de forma significativa. Em 1990 o Brasil possuía 2% do PIB mundial, hoje é apenas 1,7%.
Na década de 70 a China, a Índia, e a Coréia do Sul, eram menores que o Brasil se tratando do contexto economico. Porém os Brasileiros acreditavam que já tinham tudo nas mãos e que não era necessário "avançar", enquanto os outros paises buscavam o crescimento para fora. Mas não está tudo acabado, o Brasil tem potencial, na industria, na massa critica, de certa forma na educação, e em pesquisas, graças a um projeto criado há muito tempo, nos anos 50 e aprimorado na década de 70. Mas de lá pra cá, não houve mais aperfeiçoamento, o setor privado tem feito pouco. É preciso ousar e criar a consciência dentro das empresas de que investir é rentável. Há exemplos muito bons de coisas que têm sido feitas aqui e não são conhecidas pelo mundo. O Brasil precisa acordar para o mercado externo extremamente exigente, e para a inovação tecnológica. O governo precisa investir em pesquisas básicas e formar capital humano para as universidades, e principalmente para as empresas que ultimaste tem recebido profissionais recém formados pela a chamada aprovação automática . Sabemos dos inúmeros "incentivos", mas não tem sido bem aproveitados além da grande borocratização para ter acesso a eles.
Temos que tem muita atenção ao ensino médio, é preciso difundir informações sobre quais características que têm demanda no mercado, para ajudar os jovens na tomada de decisões e como caminhar profissionalmente. Para caminhar em busca do desenvolvimento é necessária algumas mudanças, como: diminuição da taxa de básica de juros (apesar das quedas freqüentes ainda é muito alta), na sobrevalorização do cambio, no excesso de impostos, além de reformas institucionais e diminuição nos gastos públicos. É hora do país buscar mudar o caminho, procurar uma nova bússola.