sábado, 15 de setembro de 2007

O PAC e os Pólos de Desenvolvimento em Pernambuco

No inicio desde ano o governo, lançou um programa intitulado, PAC – Programa de Aceleramento do Crescimento, que tem por desígnio a promoção de investimentos em infra-estrutura, através de recursos públicos oriundos da união, em especial da seguridade social, e de empresas publicas e Privadas. A idéia do PAC é louvável, porém as ações do programa (em Pernambuco) estão centralizadas na região metropolitana, e os pólos de desenvolvimento continuam esquecidos pelo poder estatal, neste caso das ações do PAC. Nestas ultimas eleições em determinados programas eleitorais de TV encontrávamos vários candidatos se intitulando provedores ou mesmo patronos dos pólos de desenvolvimento e até das vocações regionais. Os pólos regionais em Pernambuco ao contrario dos que muitos imaginam, não surgiram de nenhum esforço governamental, mais sim da luta vocacional do povo empreendedor que vive nessas regiões. Exemplo é o pólo de confecções do agreste que surgiu com a produção de colchas de retalhos¹ (em Santa Cruz do Capibaribe), que eram elaboradas de forma artesanal e vendidas pelos manganheiros ² principalmente nas feiras livres da zona da mata do estado e que anos depois tornou-se a produção de moda de qualidade, que hoje é a principal economia daquela região. Nos outros pólos de desenvolvimento, não é diferente, todos surgiram através da intuição empreendedora dos que acreditaram nas vocações regionais. Vocações estas que não são verdadeiramente incentivadas pelo poder estatal, nem em épocas onde a SUDENE funcionava, os pólos não eram observados como potencial pelo estado. Estamos diante de um novo plano de desenvolvimento para o país, com a reorganização da ADENE (antiga SUDENE), e ações de implementação de infra-estrutura do PAC (principalmente de escoamento de produção), mais novamente os pólos estão esquecidos, será que em Pernambuco se resume na região metropolitana do Recife?. É decepcionante ver que a cada dia vários pernambucanos migram para esses pólos em busca de sonhos de vida melhor, e essas cidades são esquecidas dos investimentos governamentais. É mais do que necessário rever, a quem de fato serve o PAC , sou extremamente favoravel aos investimentos em energia, habitação, saneamento, abastecimento, entre outros, contudo se não olharmos para os heróis do desenvolvimento do estado, iremos continuar sem expectativas de aceleração de crescimento:.
¹ RETALHOS: Recontes de tecidos; sobra de tecidos. ² MANGANHEIROS: Vendedores de tralhas - Caixeiros viajantes.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Desemprego e Tecnologia

Desde que o homem deixou de ser nômade e coletor, sua principal característica tem sido o trabalho, ou seja, o homem deveria se “esforçar” para poder sobreviver. Analisando a historia da humanidade, observamos a mesopotâmia (onde segundo os historiadores surgiu à civilização humana), encontramos o inicio da atividade agrícola, e totalmente ligado a essa atividade surge também (dando pequenos passos) a engenharia com a construção dos canais do Rio Tigre e Eufrates. Para a época os canais eram a grande inovação, creio que essa proeza significou o avanço do setor agrícola e proporcionou um melhor resultado para a “produção” da época. Ao longo de tempo surgem novas inovações (tecnologias), que foram se aperfeiçoando durante os tempos. Em meados do século XIX surge a revolução industrial, ocasionando profundos impactos no processo de produção principalmente devido à fabricação em maior escala. Essa revolução perdura até nossos dias, e a era agrícola foi “superada”, a máquina foi suplantando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos. Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente. Entretanto como já analisava o economista classíco David Ricardo em sua obra prima: Princípios da economia política e tributação (Principles of political economy and taxation), em 1817, ele mostrava sua preocupação quando se retravada a maquinaria, Ricardo analisava que apesar do barateamento da produção (Causada pela produção em escala), as inovações tecnológicas retraiam o emprego, que por sua vez gerariam grandes impactos na qualidade de vida das nações (sobretudo da classe trabalhadora). O capitalismo é movido a inovação, a busca incansável de novas tecnologias. Sabemos que a inovação tecnológica tem cumprido um papel importante na historia da humanidade, especialmente quando nos referimos aos últimos experimentos nas áreas de saúde, comunicação, educação, transportes entre outros. Porém é a inovação tecnologica a grande vilã da sobrevivência econômica dos povos. A automação tecnologica através da busca da maior produtividade e maior lucratividade tem gerado diretamente a maior taxa de desemprego da historia. A tecnologia tem acada inovação tem provocado a extinção de varias categorias de trabalho, e as categorias que surgem são totalmente insuficientes. Na época de Ricardo as inovações surgiram essencialmente para a industria, contudo hoje a inovação está presente nas mais variadas áreas econômicas, e tem proporcionado amplos impactos no setor primário. Como falamos no inicio desse artigo à inovação surgiu inicialmente para proporcionar melhorias na agricultura, porém naquele momento o objetivo da inovação era o coletivo. Hoje acompanhamos a mecanização da agricultura através de tratores, colheitadeiras, etc . Vamos citar as conseqüências da “inovação tecnológica” no setor agrícola americano nos últimos 100 anos: Em1850, 60% dos trabalhadores estavam no campo, hoje: esse número se reduz a 2,7% Porém a concentração de terras e produção agrícola é de alta escala. Um fato interessante é que em 1880 eram necessários 20 homens/hora para colher um acre de trigo. Esse número passou para 12,7 em 1916 e para apenas 6,1 vinte anos depois. Analisando outros setores como a industria automobilística, percebemos que robótica já substitui a força humana, a reengenharia diminui drasticamente o numero de trabalhadores na siderurgia, no setor terciário também é preocupante, o setor de serviços perdeu seu papel como máquina desenfreada de geração de empregos. É fácil observarmos esse fato através do setor bancário, o qual substituiu seus caixas por caixas eletrônicos (entre 1983 à 1993 cerca de 179mil caixas humanos foram substituídos por caixas eletrônicos nos EUA). As variáveis que causam o desemprego no globo são muitas, porém a automação tem contribuído severamente para o aumento desse indesejável problema da humanidade. As previsões de Ricardo estavam certas, a maquinaria (inovação tecnológica), provocou e continuará a provocar o desemprego e principalmente a queda na qualidade de vida da classe trabalhadora. O desemprego também tem gerado violência, medo, fome e desigualdades sociais. É necessário colocarmos a inovação tecnológica a favor do coletivo e não do capital. Acredito que no futuro poderemos observar que a “estrada vai além do que se ver”, e que a humanidade deverá tomar uma nova atitude em relação a um novo modelo econômico:.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Panorama Latino-Americano

A América Latina sempre foi palco de diversos cenários, desde a luta da libertação levantada por Bolívar, à batalha dos estudantes contra as ditaduras militares sangrentas e cruéis. O amor pela Latinoamérica foi e é cantada de forma firme e emocionante, principalmente em países onde a democracia ainda caminha a curtos passos. Apesar de sermos considerados como outro continente pelos “irmãos” Anglo-Saxônicos, porém é na América Latina onde encontramos as maiores riquezas do continente, riqueza muito além de econômica, mais também, cultural, histórica, e principalmente de recursos naturais, entre outras, porém continuamos os “bastardos” do continente, segundo eles. Nas ultimas décadas as economias latinas sofreram muito com as mudanças impostas pelo neoliberalismo econômico do norte, contudo essas mudanças causaram grande impactos diretos na vida dos “latinos”, impactos de mal e de grande valia, as economias tiveram de se adaptar ao modelo “global”. Na década de 90 houve grandes lutas entre os movimentos sociais e os estados nas disputas pelas reformas estatais, onde na maioria das vezes quem saiu perdendo foram os trabalhadores. Contudo algumas dessas reformas foram primordiais para o equilíbrio das contabilidades nacionais dessas nações.Porém paises que seguiram a risca a cartilha neoliberal hoje são reféns do vizinho do norte, podemos citar o caso do México e da Colômbia que tem total dependência econômica aos EUA (hoje cerca de 90% das exportações desses referentes países são para vizinho do norte). Nos últimos anos devido a uma política macroeconômica mais acertada, surgem na cena econômica novos talentos, que vem ganhando cada vez espaço nessa América tão desigual. Essa semana foi divulgado pela Fundação Getulio Vargas – FGV e pelo Institute for Economic Research at the University of Munich (Alemão), o Índice de Clima Econômico da América Latina, onde mostrou que nos últimos 21 meses consecutivos o ambiente econômico tem sido favorável na região, mas ainda é cauteloso devido principalmente ao populismo iniciado por Chavez e seus discípulos. O presente estudo mede o clima econômico em referencia a investimentos e negócios, e os países recebem pontos (notas) que podem ser de 1,0 à 9,0. Segundo as informações coletadas em relação ao índice de expectativas (em pontos) os principais países são: Uruguai (8,0), Costa Rica (7,7), Peru (6,5), Chile (6,4), e Brasil (6,3). É necessário mais do que nunca avançarmos ainda nas expectativas sobre nossa economia, e principalmente avançarmos no ranking de clima econômico, que hoje ocupamos a 7ª posição como vemos na tabela ao lado. Para que nossa economia venha vencer esse ranking é necessário progredir nas políticas estatais de incentivo ao investimento, avançarmos nas reformas da previdência, tributaria e trabalhista que são necessárias para o Brasil crescer, é mais do que essencial buscarmos gerar emprego principalmente na criação de pólos de demanda agregada. Chega de tamparmos o sol com a peneira, é hora de tirar o PAC do papel e começarmos investir no País em setores estratégicos como: infra-estrutura com atenção ao escoamento da produção, tecnologia e energia. Já em relação à América Latina, faço as palavras de um grande amigo: No passado sofremos muito com a opressão da direita através das ditaduras, porém não podemos-nos enganar com as ditaduras de “esquerdas”. Para América Latina e para o globo o conselho e o buscar o equilíbrio e principalmente planejar o futuro.

Willamy Feitosa:.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

A novela da CPMF

Hoje no Brasil segundo estudo divulgado pelo Banco Central – BC (em 14 de junho de 2007), no Brasil existe cerca de 143,4 Milhões de correntistas. E todos esses querendo ou não pagam a conhecida contribuição provisória sobre movimentação financeira – CPMF, entretanto essa contribuição “provisória” não é nova, ela surgiu em 1993 e entrou em vigor em 1994, teve seu termino em dezembro do mesmo ano, nesta época a CPMF era chamada de IPMF e sua alíquota era de 0,25%. Em 1997 a CPMF volta dessa vez com a “intenção” de direcionar os recursos para a área da saúde, agora um pouco menor 0,2%. E desde então é prorrogada (hoje a alíquota é 0,38%). Desde 2000 o governo resolveu cruzar as informações bancarias, com as declarações de imposto de renda dos contribuintes, como forma de combater a sonegação. O total já arrecadado desde 1994 supera os 186 bilhões de reais, e novamente a CPMF deve ser prorrogada e essa semana na Comissão de Constituição e Justiça – CCJ, da Câmara Federal, a proposta do governo é de prorroga até 2011, mas hoje existem vários debates no congresso nacional, sobre o valor da alíquota e da totalização do recurso, que hoje vai apenas para a união. Os estados e os municípios também querem sua parte no bolo, do tributo mais bem arrecadado do País. Nessa historia toda, observamos que os recursos não vão de fato pra o sistema de saúde, e que o governo Lula (um dos mais gastadores de todos os tempos) necessita desse recurso para dar estabilidade orçamentária às contas do governo. Acredito que é justo os estados e os municípios compartilharem do bolo da CPMF, aja visto que a união hoje fica com todo bolo, porem é necessário uma verdadeira transparência e principalmente eficiência de como?, e onde? gastar esses recursos. O problema maior além da corrupção (cotidiana), é o gosto inadequado dos recursos públicos, o governo federal gasta muito mal, fator que é acompanhado pelos estados e principalmente pelos municípios.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Novamente no Portal FAVIP

Estamos essa semana novamente no Portal FAVIP, dessa vez com o artigo: Previdência Social - A conta que não fecha. Quero agradecer a todos os moderadores pelo reconhecimento.... veja pelo linck: http://www.favip.edu.br/v4/?lamp=0,0,1104,14

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

A conta que não fecha!

Um dos princípios orçamentários que usamos desde de criancinha é que só podemos comprar determinado produto se tivermos condições de pagar por ele. Ou seja, o total do passivo não pode ultrapassar o total do ativo. Entretanto o que ocorre com a nossa previdência social é o não cumprimento desse principio, a cada ano os déficits aumentam consideravelmente. As despesas com a previdência desde a década passada ultrapassam as receitas e os déficits são cobertos pelo tesouro nacional, que para cobrir esses déficits (que este ano poderá chegar à R$ 46,4 Bilhões) cortam investimentos públicos e aumentam a carga tributaria. Em 2006 as despesas (do governo) com a previdência publica chegou a ultrapassar, 10% do PIB, vale salientar que a população brasileira ainda é muito jovem, apenas 8.9 % estão acima dessa faixa etária. Comparando com setor da educação básica o mesmo gasta aproximadamente 3,5% do PIB que beneficia cerca de 30% da população (os jovens de até 15 anos). Os gastos Previdência/PIB ao ano de países como: Argentina chega a 6,2%, no México 7,8% e no Chile à 2,9%. A media da América Latina é de 4%. No Brasil o elevado gasto deve-se principalmente pelo fato da garantia constitucional a aposentadoria e assistência social desde 1988. Outro fator preocupante é que em países como Suécia e Dinamarca a idade mínima para se aposentar é de 67 anos, já no Brasil, a media é de 54 anos, idade esta de total aptidão para trabalhar. Segundo o Regime Geral de Previdência Social – RGPS, os homens se aposentam com 35 anos de contribuição e as mulheres 30. Contudo os trabalhadores urbanos podem se aposentar com apenas 13 anos de contribuição, já os trabalhadores rurais não precisam contribuir só é necessário provar que trabalhou 180 meses. Quando falamos em pensão por morte o sistema previdenciário brasileiro ainda é mais dadivoso, pois não existe carência de contribuição, alem da acumulação de benefícios. As expectativas é que em 2050 os brasileiros vivam em media 81,3 anos, porem se as pessoas continuarem a se aposentar com 57 anos e com 20 anos de contribuição, o mesmo irá receber por mais que o tempo que contribuiu ou seja, receberá por 24, 3 anos. Outra falácia muito antiga na Previdência Social é a corrupção, que tem contribuído para desigualdade do sistema e principalmente para o aumento do déficit. É hora de ousar e mudar o caminho temos que colocarmos em pauta o debate da previdência social para que possamos garantir o futuro da seguridade das gerações futuras (inclusive a nossa) e dos investimentos em áreas estratégicas que necessitam de recursos para o desenvolvimento do país.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Artigo publicado no Portal FAVIP

Nosso artigo Qual o caminho para conter a valorização cambial? do dia 17 de julho foi publicado no Portal da Faculdade do Vale do Ipojuca em 01 de agosto, essa alegria é compartilhada com todos aqueles que tem acreditado no nosso blog, e principalmente com criticas e comentários.
Link da publicação no Portal FAVIP: http://www.favip.edu.br/v4/?lamp=0,0,1078,14

terça-feira, 31 de julho de 2007

Problemas e Projetos na Floresta Tropical Amazônica

Como sabemos a Amazônia é definida pela bacia do rio Amazonas e coberta em grande parte por floresta tropical (ou Floresta Equatorial da Amazônia). A bacia hidrográfica da Amazônia tem muitos afluentes importantes tais como o rio Negro, Tapajós e Madeira, sendo que o rio principal é o Amazonas, percorrendo outros países antes de adentrar em terras brasileiras. O rio Amazonas nasce na cordilheiras dos Andes e estende-se por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador,Guiana,Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. É considerado o rio mais volumoso do mundo. No Brasil, para efeitos de governo e economia, a Amazônia é delimitada por uma área chamada "Amazônia Legal" definida a partir da criação da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), em 1966. É chamado também de Amazônia o bioma que, no Brasil, ocupa 49,29% do território, sendo (ainda) o maior bioma terrestre do país, onde é constituída pelos ecossistemas:

Floresta ombrófila densa (a chamada Floresta Amazônica) ,floresta ombrófila aberta, floresta estacional decidual e semidecidual, campinarana, formações pioneiras, refúgios montanos, savanas amazônicas, matas de terra firme, matas de várzea e matas de igapós Estes ecossistemas estão distribuídos em 23 eco-regiões, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte do Maranhão, Tocantins, e Mato Grosso. Inclui também zonas de transição com os biomas vizinhos, cerrado, caatinga e pantanal.

Como não é novidade todo esse patrimônio esta sumindo, a ganância de poucos estão devastando a maior floresta do mundo. Todos nós assistimos desde o nosso nascimento essa devastação, porém hoje toda essa destruição acontece de forma muito maior e mais ousada que podemos imaginar. Está surgindo “As Parcerias de Destruição”, verdadeiras organizações criminosas compostas por “empresários” dos setores de extração de madeira e agropecuário. Essa atividade de devastação em parceria começa com os madeireiros que devastam determinada área da floresta, e depois vende a área (terra que não é dele), aos produtores de soja e os criadores de gado. Essa jogada tem acontecido constantemente e não é combatida principalmente devido ao apadrinhamento político desse “nobres empresários”, e pelas más condições dos órgãos fiscalizadores como o IBAMA que além de sofrer com falta de pessoal e de recursos financeiros, é desacreditado devido as inúmeros escândalos envolvendo fraudes e corrupção dentro da instituição que deveria ser a organização mais transparente e equipada do nosso país, devido ao nosso patrimônio natural. Enquanto no Brasil os governos e a sociedade civil fecham os olhos para os problemas da Amazônia, outros países estão inovando como é o caso do Peru que desafiando as crenças convencionais, criou um mega projeto de extração de gás natural ajudando a proteger 1,5 milhão de hectares de floresta tropical na Amazônia Peruana sem impactos diretos ao meio ambiente e capturando recursos para a proteção de toda a área protegida. No Brasil o governo pensa em um mega projeto energético para a Amazônia também, que é a construção de uma grande hidrelétrica no rio madeira que provocará grandes impactos ambientas, em sedimentações, na deriva de ovos, larvas, e mitigação de mercúrio, além de outras de mitigações sócio-ambiental como o desaparecimento de peixes, que poderá gerar impactos devastadores principalmente para a vida dos povos indígenas e ribeirinhos.

O Brasil já sofreu com uma crise energética em 2001 e necessitamos sim de investimentos em energia, entretanto poderíamos realizar investimentos como o que se realiza no Peru, sem muitos impactos aos ecossistemas, e que financiariam a proteção da floresta, mas o Brasil continua na idéia de andar por caminhos ultrapassados e mais caros ambientalmente e economicamente falando.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Qual o caminho para conter a valorização cambial?

Nossa econômia tem crescido de forma firme e sustentável. Entre 2003 e 2006, a taxa anual media de juros Selic recuou 8 pontos percentuais – de 23,4% para 15,13% ao ano, e atualmente é de 12,5% ao ano, segundo o BACEN. O valor da divida externa líquida brasileira não ultrapassa 50% do valor anual das exportações. O risco-país (EMBI = da J.P. Morgan) não chegou a 130 pontos em maio de 2007. A expectativa para o saldo da balança comercial (exportações menos importações de mercadorias), para 2007 é de superávit em mais de US$ 40 Bilhões. Todo esse superávit comercial deve-se a um cenário internacional extremamente favorável para as exportações brasileiras de produtos como: minério de ferro, metalúrgicos, derivados do petróleo, além de produtos agrícolas como açúcar e café. Como podemos observar a economia brasileira esta seguindo um bom caminho, mas na verdade o volume de moeda estrangeira que tem entrado em nosso país, diariamente através do ótimo desempenho das exportações brasileiras beneficiada pela constante demanda externa por produtos de nossa pauta de exportações, e também pela entrada de capital estrangeiro atraído pela nossa hiper taxa de juros, bem mais alta que a de outros países (comparado a nossa situação econômica). Esses dois vetores tem provocado, uma grande valorização cambial, desde maio (desse ano) o Dólar passou a ser comercializado a menos de R$ 2. O BANCEN tem usado da compra de dólares um instrumento para conter essa valorização da nossa moeda, e assim reduzir a volatilidade da taxa de cambio, aumentando assim as reservas (entre janeiro e abril já acumulamos cerca de US$ 36 bilhões), mas essa atitude que o BANCEN vem tomando não é uma das melhores ou mais baratas, na verdade é uma despesa cara para o Brasil, devido as elevadas taxa de juros. Quando o BANCEN compra dólares, coloca mais real em circulação e para conter esse excesso de moeda, vende títulos atrelados à taxa Selic. Toda essa problemática tanto para o Banco Central quanto para os exportadores (que viram seus produtos aumentarem o preço em cerca de 70% nos últimos 3 anos), poderia ser amenizada. Como analisado anteriormente o problema da valorização cambial é ocasionado por dois vetores, um que é o aumento significativo das exportações e o outro é a nossa taxa de juros que tem atraído capital estrangeiro. Como sempre ouvimos falar que pra tratar de algum problema temos que saber o que ocasionou o mesmo, então para amenizar o problema da valorização cambial, teríamos que ou diminuir as exportações (fator totalmente inviável) ou intensificar de forma mais coesa a queda na taxa de juros (Selic), essa é a alternativa para mais viável para conter a valorização do real, e há condições adequadas para que essa queda aconteça, devido ao ótimo cenário econômico que o país vive. Conseguintemente reduziria o custo do BANCEN e contribuiria para a expansão da economia, com força significativa sobre as importações, e em médio prazo, sobre o próprio superávit comercial.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Novo caminho, nova bússola.

Geograficamente e economicamente o Brasil é um gigante comparado aos demais países latinos. Nossa nação possui “ainda” um dos maiores parques industriais e tecnológico em relação aos nossos vizinhos da América do Sul. Porém a cada ano o Brasil vem perdendo espaço de forma significativa. Em 1990 o Brasil possuía 2% do PIB mundial, hoje é apenas 1,7%.
Na década de 70 a China, a Índia, e a Coréia do Sul, eram menores que o Brasil se tratando do contexto economico. Porém os Brasileiros acreditavam que já tinham tudo nas mãos e que não era necessário "avançar", enquanto os outros paises buscavam o crescimento para fora. Mas não está tudo acabado, o Brasil tem potencial, na industria, na massa critica, de certa forma na educação, e em pesquisas, graças a um projeto criado há muito tempo, nos anos 50 e aprimorado na década de 70. Mas de lá pra cá, não houve mais aperfeiçoamento, o setor privado tem feito pouco. É preciso ousar e criar a consciência dentro das empresas de que investir é rentável. Há exemplos muito bons de coisas que têm sido feitas aqui e não são conhecidas pelo mundo. O Brasil precisa acordar para o mercado externo extremamente exigente, e para a inovação tecnológica. O governo precisa investir em pesquisas básicas e formar capital humano para as universidades, e principalmente para as empresas que ultimaste tem recebido profissionais recém formados pela a chamada aprovação automática . Sabemos dos inúmeros "incentivos", mas não tem sido bem aproveitados além da grande borocratização para ter acesso a eles.
Temos que tem muita atenção ao ensino médio, é preciso difundir informações sobre quais características que têm demanda no mercado, para ajudar os jovens na tomada de decisões e como caminhar profissionalmente. Para caminhar em busca do desenvolvimento é necessária algumas mudanças, como: diminuição da taxa de básica de juros (apesar das quedas freqüentes ainda é muito alta), na sobrevalorização do cambio, no excesso de impostos, além de reformas institucionais e diminuição nos gastos públicos. É hora do país buscar mudar o caminho, procurar uma nova bússola.