Desde que o homem deixou de ser nômade e coletor, sua principal característica tem sido o trabalho, ou seja, o homem deveria se “esforçar” para poder sobreviver. Analisando a historia da humanidade, observamos a mesopotâmia (onde segundo os historiadores surgiu à civilização humana), encontramos o inicio da atividade agrícola, e totalmente ligado a essa atividade surge também (dando pequenos passos) a engenharia com a construção dos canais do Rio Tigre e Eufrates. Para a época os canais eram a grande inovação, creio que essa proeza significou o avanço do setor agrícola e proporcionou um melhor resultado para a “produção” da época.
Ao longo de tempo surgem novas inovações (tecnologias), que foram se aperfeiçoando durante os tempos. Em meados do século XIX surge a revolução industrial, ocasionando profundos impactos no processo de produção principalmente devido à fabricação em maior escala. Essa revolução perdura até nossos dias, e a era agrícola foi “superada”, a máquina foi suplantando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos.
Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente. Entretanto como já analisava o economista classíco David Ricardo em sua obra prima: Princípios da economia política e tributação (Principles of political economy and taxation), em 1817, ele mostrava sua preocupação quando se retravada a maquinaria, Ricardo analisava que apesar do barateamento da produção (Causada pela produção em escala), as inovações tecnológicas retraiam o emprego, que por sua vez gerariam grandes impactos na qualidade de vida das nações (sobretudo da classe trabalhadora).
O capitalismo é movido a inovação, a busca incansável de novas tecnologias. Sabemos que a inovação tecnológica tem cumprido um papel importante na historia da humanidade, especialmente quando nos referimos aos últimos experimentos nas áreas de saúde, comunicação, educação, transportes entre outros. Porém é a inovação tecnologica a grande vilã da sobrevivência econômica dos povos. A automação tecnologica através da busca da maior produtividade e maior lucratividade tem gerado diretamente a maior taxa de desemprego da historia. A tecnologia tem acada inovação tem provocado a extinção de varias categorias de trabalho, e as categorias que surgem são totalmente insuficientes. Na época de Ricardo as inovações surgiram essencialmente para a industria, contudo hoje a inovação está presente nas mais variadas áreas econômicas, e tem proporcionado amplos impactos no setor primário. Como falamos no inicio desse artigo à inovação surgiu inicialmente para proporcionar melhorias na agricultura, porém naquele momento o objetivo da inovação era o coletivo. Hoje acompanhamos a mecanização da agricultura através de tratores, colheitadeiras, etc
. Vamos citar as conseqüências da “inovação tecnológica” no setor agrícola americano nos últimos 100 anos:
Em1850, 60% dos trabalhadores estavam no campo, hoje: esse número se reduz a 2,7%
Porém a concentração de terras e produção agrícola é de alta escala. Um fato interessante é que em 1880 eram necessários 20 homens/hora para colher um acre de trigo. Esse número passou para 12,7 em 1916 e para apenas 6,1 vinte anos depois.
Analisando outros setores como a industria automobilística, percebemos que robótica já substitui a força humana, a reengenharia diminui drasticamente o numero de trabalhadores na siderurgia, no setor terciário também é preocupante, o setor de serviços perdeu seu papel como máquina desenfreada de geração de empregos. É fácil observarmos esse fato através do setor bancário, o qual substituiu seus caixas por caixas eletrônicos (entre 1983 à 1993 cerca de 179mil caixas humanos foram substituídos por caixas eletrônicos nos EUA). As variáveis que causam o desemprego no globo são muitas, porém a automação tem contribuído severamente para o aumento desse indesejável problema da humanidade. As previsões de Ricardo estavam certas, a maquinaria (inovação tecnológica), provocou e continuará a provocar o desemprego e principalmente a queda na qualidade de vida da classe trabalhadora. O desemprego também tem gerado violência, medo, fome e desigualdades sociais. É necessário colocarmos a inovação tecnológica a favor do coletivo e não do capital. Acredito que no futuro poderemos observar que a “estrada vai além do que se ver”, e que a humanidade deverá tomar uma nova atitude em relação a um novo modelo econômico:.
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Panorama Latino-Americano
A América Latina sempre foi palco de diversos cenários, desde a luta da libertação levantada por Bolívar, à batalha dos estudantes contra as ditaduras militares sangrentas e cruéis. O amor pela Latinoamérica foi e é cantada de forma firme e emocionante, principalmente em países onde a democracia ainda caminha a curtos passos. Apesar de sermos considerados como outro continente pelos “irmãos” Anglo-Saxônicos, porém é na América Latina onde encontramos as maiores riquezas do continente, riqueza muito além de econômica, mais também, cultural, histórica, e principalmente de recursos naturais, entre outras, porém continuamos os “bastardos” do continente, segundo eles.
Nas ultimas décadas as economias latinas sofreram muito com as mudanças impostas pelo neoliberalismo econômico do norte, contudo essas mudanças causaram grande impactos diretos na vida dos “latinos”, impactos de mal e de grande valia, as economias tiveram de se adaptar ao modelo “global”. Na década de 90 houve grandes lutas entre os movimentos sociais e os estados nas disputas pelas reformas estatais, onde na maioria das vezes quem saiu perdendo foram os trabalhadores. Contudo algumas dessas reformas foram primordiais para o equilíbrio das contabilidades nacionais dessas nações.Porém paises que seguiram a risca a cartilha neoliberal hoje são reféns do vizinho do norte, podemos citar o caso do México e da Colômbia que tem total dependência econômica aos EUA (hoje cerca de 90% das exportações desses referentes países são para vizinho do norte).
Nos últimos anos devido a uma política macroeconômica mais acertada, surgem na cena econômica novos talentos, que vem ganhando cada vez espaço nessa América tão desigual. Essa semana foi divulgado pela Fundação Getulio Vargas – FGV e pelo Institute for Economic Research at the University of Munich (Alemão), o Índice de Clima Econômico da América Latina, onde mostrou que nos últimos 21 meses consecutivos o ambiente econômico tem sido favorável na região, mas ainda é cauteloso devido principalmente ao populismo iniciado por Chavez e seus discípulos. O presente estudo mede o clima econômico em referencia a investimentos e negócios, e os países recebem pontos (notas) que podem ser de 1,0 à 9,0.
Segundo as informações coletadas em relação ao índice de expectativas (em pontos) os principais países são: Uruguai (8,0), Costa Rica (7,7), Peru (6,5), Chile (6,4), e Brasil (6,3).
É necessário mais do que nunca avançarmos ainda nas expectativas sobre nossa economia, e principalmente avançarmos no ranking de clima econômico, que hoje ocupamos a 7ª posição como vemos na tabela ao lado.
Para que nossa economia venha vencer esse ranking é necessário progredir nas políticas estatais de incentivo ao investimento, avançarmos nas reformas da previdência, tributaria e trabalhista que são necessárias para o Brasil crescer, é mais do que essencial buscarmos gerar emprego principalmente na criação de pólos de demanda agregada.
Chega de tamparmos o sol com a peneira, é hora de tirar o PAC do papel e começarmos investir no País em setores estratégicos como: infra-estrutura com atenção ao escoamento da produção, tecnologia e energia. Já em relação à América Latina, faço as palavras de um grande amigo: No passado sofremos muito com a opressão da direita através das ditaduras, porém não podemos-nos enganar com as ditaduras de “esquerdas”. Para América Latina e para o globo o conselho e o buscar o equilíbrio e principalmente planejar o futuro.
Willamy Feitosa:.
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
A novela da CPMF
Hoje no Brasil segundo estudo divulgado pelo Banco Central – BC (em 14 de junho de 2007), no Brasil existe cerca de 143,4 Milhões de correntistas. E todos esses querendo ou não pagam a conhecida contribuição provisória sobre movimentação financeira – CPMF, entretanto essa contribuição “provisória” não é nova, ela surgiu em 1993 e entrou em vigor em 1994, teve seu termino em dezembro do mesmo ano, nesta época a CPMF era chamada de IPMF e sua alíquota era de 0,25%.
Em 1997 a CPMF volta dessa vez com a “intenção” de direcionar os recursos para a área da saúde, agora um pouco menor 0,2%. E desde então é prorrogada (hoje a alíquota é 0,38%). Desde 2000 o governo resolveu cruzar as informações bancarias, com as declarações de imposto de renda dos contribuintes, como forma de combater a sonegação.
O total já arrecadado desde 1994 supera os 186 bilhões de reais, e novamente a CPMF deve ser prorrogada e essa semana na Comissão de Constituição e Justiça – CCJ, da Câmara Federal, a proposta do governo é de prorroga até 2011, mas hoje existem vários debates no congresso nacional, sobre o valor da alíquota e da totalização do recurso, que hoje vai apenas para a união. Os estados e os municípios também querem sua parte no bolo, do tributo mais bem arrecadado do País.
Nessa historia toda, observamos que os recursos não vão de fato pra o sistema de saúde, e que o governo Lula (um dos mais gastadores de todos os tempos) necessita desse recurso para dar estabilidade orçamentária às contas do governo.
Acredito que é justo os estados e os municípios compartilharem do bolo da CPMF, aja visto que a união hoje fica com todo bolo, porem é necessário uma verdadeira transparência e principalmente eficiência de como?, e onde? gastar esses recursos. O problema maior além da corrupção (cotidiana), é o gosto inadequado dos recursos públicos, o governo federal gasta muito mal, fator que é acompanhado pelos estados e principalmente pelos municípios.
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Novamente no Portal FAVIP
Estamos essa semana novamente no Portal FAVIP, dessa vez com o artigo: Previdência Social - A conta que não fecha. Quero agradecer a todos os moderadores pelo reconhecimento....
veja pelo linck: http://www.favip.edu.br/v4/?lamp=0,0,1104,14
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
A conta que não fecha!
Um dos princípios orçamentários que usamos desde de criancinha é que só podemos comprar determinado produto se tivermos condições de pagar por ele. Ou seja, o total do passivo não pode ultrapassar o total do ativo. Entretanto o que ocorre com a nossa previdência social é o não cumprimento desse principio, a cada ano os déficits aumentam consideravelmente. As despesas com a previdência desde a década passada ultrapassam as receitas e os déficits são cobertos pelo tesouro nacional, que para cobrir esses déficits (que este ano poderá chegar à R$ 46,4 Bilhões) cortam investimentos públicos e aumentam a carga tributaria.
Em 2006 as despesas (do governo) com a previdência publica chegou a ultrapassar, 10% do PIB, vale salientar que a população brasileira ainda é muito jovem, apenas 8.9 % estão acima dessa faixa etária. Comparando com setor da educação básica o mesmo gasta aproximadamente 3,5% do PIB que beneficia cerca de 30% da população (os jovens de até 15 anos).
Os gastos Previdência/PIB ao ano de países como: Argentina chega a 6,2%, no México 7,8% e no Chile à 2,9%. A media da América Latina é de 4%. No Brasil o elevado gasto deve-se principalmente pelo fato da garantia constitucional a aposentadoria e assistência social desde 1988. Outro fator preocupante é que em países como Suécia e Dinamarca a idade mínima para se aposentar é de 67 anos, já no Brasil, a media é de 54 anos, idade esta de total aptidão para trabalhar. Segundo o Regime Geral de Previdência Social – RGPS, os homens se aposentam com 35 anos de contribuição e as mulheres 30. Contudo os trabalhadores urbanos podem se aposentar com apenas 13 anos de contribuição, já os trabalhadores rurais não precisam contribuir só é necessário provar que trabalhou 180 meses. Quando falamos em pensão por morte o sistema previdenciário brasileiro ainda é mais dadivoso, pois não existe carência de contribuição, alem da acumulação de benefícios.
As expectativas é que em 2050 os brasileiros vivam em media 81,3 anos, porem se as pessoas continuarem a se aposentar com 57 anos e com 20 anos de contribuição, o mesmo irá receber por mais que o tempo que contribuiu ou seja, receberá por 24, 3 anos.
Outra falácia muito antiga na Previdência Social é a corrupção, que tem contribuído para desigualdade do sistema e principalmente para o aumento do déficit. É hora de ousar e mudar o caminho temos que colocarmos em pauta o debate da previdência social para que possamos garantir o futuro da seguridade das gerações futuras (inclusive a nossa) e dos investimentos em áreas estratégicas que necessitam de recursos para o desenvolvimento do país.
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Artigo publicado no Portal FAVIP
Nosso artigo Qual o caminho para conter a valorização cambial? do dia 17 de julho foi publicado no Portal da Faculdade do Vale do Ipojuca em 01 de agosto, essa alegria é compartilhada com todos aqueles que tem acreditado no nosso blog, e principalmente com criticas e comentários.
Link da publicação no Portal FAVIP: http://www.favip.edu.br/v4/?lamp=0,0,1078,14
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